< 1 Samuel 18

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[1] Depois que Davi e Saul terminaram de conversar, surgiu tão grande amizade entre Jônatas e Davi que Jônatas se tornou o seu melhor amigo.
[2] Daquele dia em diante, Saul manteve Davi consigo e não o deixou voltar à casa do seu pai.
[3] Jônatas fez um acordo de amizade com Davi, pois se tornara o melhor amigo dele.
[4] Jônatas tirou o manto que estava vestindo e o deu a Davi; deu‑lhe também a sua túnica, e até a espada, o arco e o cinturão.
[5] Davi tinha êxito em tudo o que Saul lhe ordenava fazer, de maneira que Saul lhe deu um posto elevado no exército. Isso agradou a todo o povo, bem como aos oficiais de Saul.
[6] Quando os soldados voltavam para casa, depois que Davi matou o filisteu, as mulheres saíram de todas as cidades de Israel ao encontro do rei Saul com cânticos e danças, com tamborins, com músicas alegres e instrumentos de três cordas.
[7] As mulheres dançavam e cantavam: “Saul matou milhares; Davi, dezenas de milhares”.
[8] Saul ficou muito irritado com esse refrão e, aborrecido, disse: ― Atribuíram a Davi dezenas de milhares, mas a mim apenas milhares. O que mais lhe falta senão o reino?
[9] Daí em diante, Saul olhava com inveja para Davi.
[10] No dia seguinte, um espírito maligno da parte de Deus veio sobre Saul, e ele entrou em transe profético em sua casa, enquanto Davi tocava harpa, como costumava fazer. Saul estava com uma lança na mão
[11] e a atirou, pensando: “Encravarei Davi na parede”. Davi, porém, desviou‑se duas vezes.
[12] Saul tinha medo de Davi porque o Senhor o havia abandonado e agora estava com Davi.
[13] Então, Saul afastou Davi da sua presença e deu‑lhe o comando de uma tropa de mil soldados, que Davi conduzia em suas campanhas.
[14] Davi tinha êxito em tudo o que fazia, pois o Senhor estava com ele.
[15] Vendo isso, Saul teve muito medo dele.
[16] Todo o Israel e todo o Judá, porém, gostavam de Davi, pois ele os conduzia nas batalhas.
[17] Saul disse a Davi: ― Aqui está a minha filha mais velha, Merabe. Eu a darei em casamento a você; com a condição de que você me sirva com bravura e lute as batalhas do Senhor. Contudo, Saul pensou: “Não o matarei. Deixo isso para os filisteus!”.
[18] Davi, porém, disse a Saul: ― Quem sou eu, e o que é a minha família ou o clã do meu pai em Israel, para que eu me torne genro do rei?
[19] Por isso, quando chegou a época de Merabe, a filha de Saul, ser dada em casamento a Davi, ela foi dada a Adriel, de Meolá.
[20] Mical, a outra filha de Saul, amava Davi. Quando disseram isso a Saul, ele ficou contente e pensou:
[21] “Eu a darei a ele, para que lhe sirva de armadilha, fazendo‑o cair nas mãos dos filisteus”. Então, Saul disse a Davi: ― Hoje você tem uma segunda oportunidade de tornar‑se meu genro.
[22] Então, Saul ordenou aos seus servos que falassem em particular com Davi, dizendo: “O rei está satisfeito com você, e todos os seus servos o estimam. Torne‑se, agora, genro dele”.
[23] Quando falaram com Davi, ele disse: ― Vocês acham que tornar‑se genro do rei é fácil? Sou homem pobre e sem recursos.
[24] Quando os servos de Saul lhe contaram o que Davi tinha dito,
[25] Saul ordenou que dissessem a Davi: “O rei não quer outro dote pela noiva além de cem prepúcios de filisteus, para vingar‑se dos seus inimigos”. O plano de Saul era que Davi fosse morto pelos filisteus.
[26] Quando os servos falaram novamente com Davi, ele gostou da ideia de tornar‑se genro do rei. Por isso, antes de terminar o prazo estipulado,
[27] Davi e os seus soldados saíram e mataram duzentos filisteus. Ele trouxe os prepúcios e apresentou‑os ao rei para que se tornasse genro dele. Então, Saul lhe deu em casamento a sua filha Mical.
[28] Quando Saul viu claramente que o Senhor estava com Davi e que a sua filha Mical o amava,
[29] temeu‑o ainda mais e continuou sendo seu inimigo pelo resto da vida.
[30] Os comandantes filisteus continuaram saindo para a batalha, e, todas as vezes que o faziam, Davi tinha mais êxito do que os outros oficiais de Saul; assim, tornou‑se ainda mais famoso.