Tecendo Redes
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O "Tecendo Redes" é uma ação que estimular o acolhimento, a comunicação e os cuidados à saúde de idosos em tempos de pandemia da covid-19. Os conteúdos são divulgados na página do Programa Tecer Idades, uma das frentes do projeto de extensão: "Plataformas Digitais: a Produção Comunitária de Novas Narrativas Alternativas ao Discurso Hegemônico, como Dispositivo de Produção de Novos Sentidos", do departamento de Comunicação da UEL.
Vidas Declaradas - Clarice Aparecida dos Santos
26 October 2020
Vidas Declaradas - Clarice Aparecida dos Santos

Nascida no dia 15 de Julho de 1951, na Fazenda Cachoeiras no município de São Sebastião da Amoreira, Clarice Aparecida dos Santos viveu até os seus 14 anos. Fazendo suas travessuras de infância, as atividades da fazenda como correr atrás das galinhas e retirar leite das vacas, conta que aos 5 anos comeu tungue, uma castanha venenosa usada na fabricação de sabão, enquanto sua mãe e a avó estavam distraídas e só perceberam quando ela já estava passando mal mas que no fim ficou tudo bem. 


Aos 14 anos mudou-se para a Fazenda Santa Maria, junto com seus pais e com seus cinco irmãos mais novos e após 3 anos todos se mudaram para Londrina-PR. Seu pai, Sebastião, ao chegar na cidade trabalhou como motorista de ônibus urbano e ela com seus 17 anos conseguiu emprego em uma fábrica de doces, onde empacotava paçoca. Ainda no mesmo período sua mãe a colocou em um curso de corte e costura, pois acreditava que seria bom ter uma profissão. Com a conclusão do curso, seu primeiro emprego na área foi na Santa Casa de Londrina, de 1972 até 1975, onde em seu último ano se casou e focou em suas atividades domésticas. 


Sua jornada de ser mãe começou depois de dois anos de casamento, onde teve um casal de filhos com 1 ano de diferença, Keity e Gilney Marcelo. Durante 5 anos se dedicou exclusivamente aos cuidados do lar e dos filhos, mas depois voltou a trabalhar como costureira em algumas confecções durante 26 anos e se aposentou. Atualmente trabalha em casa com a produção de roupas para hospitais e aventais cirúrgicos. Conta que nunca deixou de trabalhar pois acredita que a sua ocupação faz parte da vida, tem gosto e amor pelo que faz.


Hoje com 69 anos, em plena terceridade, diz que ainda está na batalha, feliz, saudável, sem queixas da vida e com gosto para viagens, menciona que tem sonhos como conhecer a Europa, fazer um cruzeiro e continuar viajando. Diz ser muito caseira e apaixonada por séries, sendo difícil escolher uma indicação só, mas que sua música preferia é emoções do Roberto Carlos.


Conclui deixando um conselho aos jovens, para que estudem e honrem seus pais para que tenham dias abençoados.